O governador Raimundo Colombo anunciou na Federação das Indústrias (FIESC), nesta quinta-feira, que pretende implantar um programa de melhoria da gestão com a meta de reduzir em R$ 320 milhões as despesas do Estado e aumentar em R$ 680 milhões as receitas, sem elevar impostos. Com esse resultado de R$ 1 bilhão, pretende investir em infraestrutura e melhorar os serviços prestados nas áreas de saúde, segurança pública e educação.
O governador Raimundo Colombo anunciou na Federação das Indústrias (FIESC), nesta quinta-feira, que pretende implantar um programa de melhoria da gestão com a meta de reduzir em R$ 320 milhões as despesas do Estado e aumentar em R$ 680 milhões as receitas, sem elevar impostos. Com esse resultado de R$ 1 bilhão, pretende investir em infraestrutura e melhorar os serviços prestados nas áreas de saúde, segurança pública e educação.
A proposta tem previsão de ser implementada ao longo de 18 meses e foi apresentada ao Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM) com a presença do empresário Jorge Gerdau Johannpeter. A expectativa do governo é que haja o envolvimento do setor privado no programa.
O projeto prevê a contratação do Instituto de Desenvolvimento Gerencial - INDG (do professor Vicente Falconi) - para consultoria e implantação das medidas gerenciais, com apoio do Movimento Brasil Competitivo (MBC). O governo solicitou a participação financeira dos empresários para viabilizar a consultoria e para fiscalizar a execução do trabalho.
"As federações empresariais recebem com satisfação o fato de o governo estar disposto a trazer para o setor público os métodos de gestão do setor privado, modernizando a administração pública, racionalizando gastos e investindo mais do que faz hoje", disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. "Vamos discutir as condições de participação do setor privado. No caso da FIESC, ouviremos as nossas bases e os industriais para discutir com o governo e construir um projeto que sele essa aliança entre o setor público e o privado", acrescentou.
O governo propôs a criação de um grupo de trabalho com sete representantes do COFEM, três do governo, além de representantes do MBC, INDG e Movimento Catarinense pela Excelência (MCE). O lançamento do programa seria dentro de 120 dias.
"Normalmente os governos não sofrem pressão do mercado. É preciso trabalhar em tecnologia e gestão para que a capacidade de investimento do Estado cresça. É preciso investir mais", disse Gerdau. "Os investimentos dos governos, seja municipal, estadual ou federal, todos são insuficientes em relação às necessidades de infraestrutura. Então, só por melhoria de gestão teremos condições de gerar mais investimentos e qualidade dos serviços sem aumentar mais impostos que já são elevados e caros no Brasil", completou.
Colombo afirmou que o governo vai sistematizar a redução de custos e a eficiência de gestão, buscando reduzir o tempo que leva para tomar uma decisão, diminuindo a burocracia. "É fazer com que aquilo que começa num dia termine no prazo programado. Seja uma obra, ou a implantação de um serviço na área da saúde ou da educação. É avançar na capacidade de execução", explicou.
Integram o COFEM as federações das Indústrias (FIESC), das Associações Empresariais (FACISC), da Agricultura (FAESC), das Câmaras Lojistas (FCDL), do Comércio (FECOMÉRCIO), dos Transportes (FETRANCESC) e das Associações de Micro e Pequenas Empresas (FAMPESC).